terça-feira, 31 de maio de 2016

Sobre o processo transexualizador no Brasil: Portarias e Centros de Referência.

A partir da Portaria 2.803/2013 do Ministério da Saúde, vários serviços interdisciplinares especializados começaram a se organizar para oferecer acompanhamento médico ao chamado processo de transexualização dentro do serviço público, e no caso dos homens trans, em hospitais públicos universitários. Sobre esse caráter acadêmico do processo transexualizador masculino vale observar as resoluções que lhe regulam para entender o motivo: se no ano de 2002 a Resolução 1652/2002 retirou o caráter experimental da cirurgia de neocolpovulvoplastia, nos casos de transexualidade feminina; foi somente a partir da resolução 1955/2010, do CFM, que se ampliaram as possibilidades de acesso aos procedimentos médicos pelos homens transexuais, ao retirar o caráter experimental da mastectomia ou mamoplastia (retirada das mamas) masculinizante e da histerectomia (retirada de ovários e útero), porém mantendo o caráter experimental da cirurgia de neofaloplastia, por entender que seus resultados estéticos e funcionais ainda são questionáveis.
   Relação dos Serviços com expertise, Habilitados para a realização dos procedimentos do Processo Transexualizador (FtM) no Brasil:


Link da PORTARIA Nº 457, DE 19 DE AGOSTO DE 2008: das Diretrizes Nacionais para o Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde - SUS, a serem implantadas em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão –

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2008/prt0457_19_08_2008.html

E o Ministério da Saúde através da PORTARIA Nº 2.803, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2013(*) Redefiniu e ampliou o Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS).

Retirando um hospital da lista e mantendo quatro:

UFMUNICÍPIOCNESESTABELECIMENTO - RAZÃO SOCIAL
RSPorto Alegre2237601Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Porto Alegre (RS)
RJRio de Janeiro2269783Universidade Estadual do Rio de Janeiro - HUPE Hospital Universitário Pedro Ernesto/Rio de Janeiro (RJ)
SPSão Paulo2078015Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina/FMUSPFundação Faculdade de MedicinaMECMPAS - São Paulo (SP)
GOGoiânia2338424Hospital das Clinicas - Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás/Goiânia (GO)

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2803_19_11_2013.html


    Observe-se, entretanto, que houve por parte destes serviços dificuldades e resistências. Sendo o caso de maior impedimento e gravidade, por parte da equipe médica responsável pelo atendimento, o Rio de Janeiro, no caso o Hospital Universitário Pedro Ernesto. A equipe liderada pelo cirurgião urologista DR. Eloísio Alexsandro da Silva durante todo este período de oito anos, desde essa portaria, só fez duas cirurgias de redesignação de FtM, sendo que uma foi por ordem judicial e a outra por boa vontade. Os procedimentos estão parados como prova de resistências dos responsáveis pelo processo nesta unidade hospitalar, eles consideram tais cirurgias como uma pesquisa acadêmica de seu interesse, cabendo somente a eles decidir sobre o tema, que por este motivo não pode ser regulado ou determinado por Portarias. Além do agravante de resistências pessoais a um movimento de protesto chamado “Ocupa HUPE”, ocorrido há quase três anos, que exigiu uma lista dos pacientes e a programação das cirurgias – daí que as tais ainda continuam sob domínio único do cirurgião responsável e sem nenhuma transparência para outros setores do referido hospital. 

sexta-feira, 20 de maio de 2016

O que é uma ruptura biográfica?

Todo mundo muda. A substância do tempo é o fluxo de um processo.
As pessoas mudam, a natureza do planeta tem mudado rapidamente e os coletivos sociais também.
E hoje, fisicamente, as pessoas mudam como querem ou como se deixam levar. Para isso contamos com as biotecnologias.
Quero ficar no nível do pessoal. É difícil pra você reconhecer um amigue que não vê faz algum tempo, quando se depara com ele na rua ou numa festa, não importa onde, e descobre que ele está “outra pessoa”, seja porque envelheceu, porque engordou ou emagreceu, porque mudou de gênero ou sexo, porque mudou radicalmente de aparência por conta de alguma cirurgia – seja qual for sua especialidade, etc.
Tem gente que muda simplesmente porque envelheceu, mudança considerada “natural” por esquecer que faz freqüentemente uso de técnicas de alimentação, técnicas biomédicas profiláticas e médicas, etc. Vulgarmente se supõe que em sua biografia, física (estética) e subjetiva, não ocorreram mudanças que caracterizassem rupturas, num continuum do processo “natural” de envelhecer e se tornar tecnicamente um idoso: cabelos descoloridos e pele bem marcada, dores nos ossos, vista cansada, etc. Todo o corpo muda e também o rosto. Destacam-se nesse processo fases: infância, adolescência, adulta e anciã. Fases interligadas e sem ruptura biográfica, apesar de mudanças físicas e subjetivas culturalmente bem demarcadas e exigidas no convívio social.
   
É verdade que nem todo mundo envelhece, tem gente que morre antes. E tem gente que sem ter morrido “nasce novamente” e muito diferente.

Uma doença crônica ou um acidente podem levar a uma ruptura biográfica.
Importante é observar também que tem os que engordaram e os que emagreceram, a diferença no peso pode ocasionar uma grande mudança física (estética) e subjetiva (por conta de mudanças sociais e psicológicas em virtude da nova estética).
E pode ocorrer então do mesmo se tornar outro.
As mudanças físicas, vocais e estéticas, podem permitir o experimento de situações totalmente novas e principalmente inesperadas. Diferentemente das mudanças da velhice, totalmente esperadas e, por este motivo, previsíveis. Aqui, no exemplo sobre o peso corporal, como no caso do acidente e da doença crônica, pode ocorrer uma ruptura biográfica.
  
 A mudança estética evidencia que a ruptura biográfica é um fenômeno de superfície relacionado a determinações subjetivas importantes, quem vê de fora e sobre a pele diz: não parece a mesma pessoa, não pode ser aquela pessoa que eu conheci, ela perdeu aquele (...) ou ganhou um novo (...). E isso porque foi uma determinação subjetiva que ocasionou uma mudança de superfície que teve origem numa decisão ou numa doença, porque quase sempre fica um “como é pode” alguém mudar tanto, espantando o desavisado.
Dentre as mudanças bioquímicas corporais, as que ocasionam em mudanças estéticas capazes de gerar rupturas biográficas, cada vez mais comuns, são as que produzem transições entre os gêneros sexuais. Tais trânsitos entre gêneros são os que mais podem levar a experiências novas, surpresas e imprevistos.
                                                       
Você sabe que é a mesma pessoa, mas os outros podem achar que não. Por outro lado de que pessoa se diz ser mesma? Pois é muito desagradável ser tratado como a pessoa que você era, sabendo e se vendo agora como uma nova pessoa.
Não é muito fácil isso, a pesar de ser simples: a mudança na expressão do gênero sexual transforma o mesmo em outro. A pessoa realoca seu lugar estético, seu fluxo de passagem audiovisual e sua situação cultural lhe confere novas experiências próprias go gênero assumido. Mudou porque quis, por autodeterminação, então eis a questão: essa nova estética não existe sem a compreensão da novidade subjetiva. E em muitos casos é preciso se apresentar novamente. Tipo assim: meus colegas de trabalho, meus amigues, meus pais, meus irmãos o meu nome é fulano de tal, eu te conheço a essa data, vivemos isso juntos ou não vivemos nada. Você reconhece os afetos que temos entre nós ou só fomos formais em nossos encontros? Você reconhece que minha atual pele está mais em harmonia com meu tom, ou você não consegue desvincular minha imagem das obrigações sociais de suas crenças biológicas ou religiosas?

E é possível também partir, ir viver em outro lugar, entre outras pessoas e se apresentar pela primeira vez. Ruptura biográfica muito mais drástica, que pode deixar a própria história muito distante.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Post do Facebook.

Um amigo chamado Josenildo Segundo postou esse texto no nosso grupo do Facebook.
Achei tão informativo que trouxe pra cá.

Respondendo a perguntas,
A progesterona é um hormônio característica do sexo cis-feminino e está diretamente relacionado com desenvolvimento da mulher, além de traçar suas características 'físicas' ou feições femininas, todxs nós nascemos com esses receptores para estas substâncias, contudo eu não produzo características femininas por não produzir o a progesterona, mas a partir do momento que eu fazer uma administração exógena me torno mulher, da mesma forma que a mulher nasce com os receptores da testosterona, porém como não a produz, não a torna homem.
Na problemática da Transexualidade é importante banir a ação desses estrogênios. Uma forma de 'domesticar' as características femininas seria impor uma terapia de reposição hormonal masculina, outra forma é inibir a ação dos hormônios femininos, inibindo-o diretamente, inibindo o seu receptor ou inibdindo a região do cérebro que estimula sua síntese (como a pituitária que produz o hormônio folículo estimulante), dessa forma há a regressão do aparecimento das características femininas.
Os estrogênios (estradiol, estrona, estriol) são dos hormônios mais importantes para as mulheres cis e trans, responsável pelo desenvolvimento, maturação, período fértil, até sua menopausa quando perde a sua capacidade de produção, mas até aí todas as características essenciais já foram determinadas e estabelecidas, porém vale salientar que os estrogênios também assume papel importante por exemplo com função cardioprotetora, é tanto que o risco de problemas cardíacos é maior após a menopausa, por isso é imprescindível o acompanhamento de um profissional qualificado.
O anastrazol é um fármaco que é um inibidor mais seletivo para o tipo estradiol, sua principal indicação e oficialmente reconhecida é para câncer de mama, após terem percebido que a diminuição dos níveis circulantes (sanguíneos) do estradiol é benéfico na redução dos câncros.
Uma outra forma de utilização é na medicina transgênera pelo fato do estradiol estar diretamente relacionado com o desenvolvimento do corpo feminino, dessa forma sua inibição faz com que retarde o aparecimento dos sinais do sexo "frágil". O Anastrazol surge como uma alternativa a bloquear o aparecimento da puberdade em adolescentes trans ao inibir as mudanças irreversíveis indesejáveis das características sexuais secundárias, sua utilização para este fim ainda está em pesquisa e desenvolvimento, mas alguns resultados já foram comprovados. É utilizado principalmente por adolescentes (16 a 22 anos), e cada vez mais cedo (< 11 anos de idade com aval da família), porém deve ser adicionado terapia hormonal masculina (testosterona) pois ela não é testoterogênica afim de induzir características sexuais consistentes com sua identidade de gênero. E caso a pessoa não se sentir a vontade com a mudança e decidir assumir novamente o gênero biológico, é indicado a parada do tratamento, pois seus efeitos podem ser reversíveis enquanto não houver mudanças muito drásticas.
O incoveniente deste tratamento é que está disponível a um custo muito alto e na maioria das vezes não fornecidas pelo SUS e é um medicamento que se deve levar em conta o risco e o benefício, pois possui riscos principalmente cardiovasculares, hepáticos e na matriz óssea. Ainda carece de aprofundamento em seu entendimento pleno, e sempre orientação de um profissional de saúde qualificado.
Indicação de leitura (em inglês): Endocrine Treatment of Transsexual Persons: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline - See more at:http://press.endocrine.org/doi/full/10.1210/jc.2009-0345… orhttp://press.endocrine.org/doi/full/10.1210/jc.2009-0345.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Saúde e SUS

Vim divulgar este curso direcionado para profissionais da saúde.

E considero que seja importante para toda população LGBT, simplesmente porque abre portas para a informação e para o diálogo entre todos.

O curso é online e pode ajudar a você, que é homem transexual, a conversar com os profissionais da área de saúde.

INSCRIÇÕES ABERTAS: Curso Política Nacional de Saúde Integral LGBT (Oferta 03)

A UNA-SUS/UERJ informa que estão abertas as inscrições para o oferta nº 03 do Curso ‘Política Nacional de Saúde Integral LGBT‘.
Organizado de forma a contribuir com os profissionais de saúde para que realizem suas ações de cuidado, promoção e prevenção, com qualidade e de forma equânime, o curso Política de Saúde LGBT chega a sua terceira oferta em 01 ano, com mais de 19.000 inscritos em todo o Brasil.
O prazo de inscrição vai até o dia 18 de novembro de 2016 e a oferta do curso ficará disponível até 18 de dezembro de 2016.
Clique no link pra maiores informações ou fazer sua inscrição       
                                                                               http://www.unasus.uerj.br/?page_id=2020

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Testosterona

O produto sintético mais usado entre homens trans é a testosterona (T).
Cada ampola inicial é injeção de animo, no sentido de se construir fisicamente, é o inicio de uma arquitetura corporal, artística e comunicativa, é uma forma de expressão e também processo de autoconstrução. Fazer brotar o corpo de dentro pra fora, como um milho que se abre em pipoca, como um casulo que se abre borboleta.
Cada ampola de testosterona excita não só o corpo, mas as idéias.
Existem vários produtos relacionados, laboratórios, preços e até origens.
E os três produtos mais consumidos são: Deposteron, Durateston e Nebido.
Freqüentemente a principal dúvida é sobre a qualidade e a eficácia da T, mais não conheço uma pesquisa formal analisando o produto observando cada fabricante. Aliás, chamo atenção para a falta de trabalhos sobre o que pode a T em processos de transição (FtM).
Cabe assim aos próprios homens transexuais, em rede, através de informação compartilhada, fazer esse controle de qualidade, indicando marcas e laboratórios, a partir de suas próprias experiências.
Vou deixar uns links aqui para quem quiser saber mais sobre cada produto. Inclusive que ele pode ser manipulado.

Estou aqui me perguntando se a versão manipulada, de acordo com as necessidades de cada caso, pode ser a melhor forma de composição...







terça-feira, 3 de maio de 2016

Suplementação alimentar para o desenvolvimento muscular.

Desenvolver os músculos pode não o objetivo de todo homem trans, mas certamente ocupa o tempo de vários. Músculos são como pêlos corporais e barba, características sexuais secundárias da masculinidade. Tenho acompanhado vários processos de hormonização e sei como todas essas modificações corporais são esperadas e desejadas.
A biotecnologia do desenvolvimento muscular, para os interessados, se encontra numa variedade de alimentos sintetizados com o propósito de garantir uma suplementação alimentar que favoreça o crescimento dos músculos e o fortalecimento dos ossos. Pois, a testosterona não só possibilita o crescimento muscular como também o alargamento dos ossos.
A suplementação alimentar pode ser acompanhada de exercícios de musculação ou não. Daí surge uma série de outros equipamentos... Porém é sempre bem vinda, principalmente na fase inicial do crescimento.
Com este propósito, recomendo principalmente estes suplementos aqui:
Whey Protein – (encontrado com várias composições, marcas e preços)
Albumina – (encontrada com várias marcas e preços)
Glutamina – (encontrada com várias marcas e preços)

Cálcio + vitamina D – (encontrado com várias marcas e preços).

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Por uma bioética transumana para a transexualidade.


“Não existe nada que seja normal ou patológico em si. A anomalia e a mutação não são em si mesmas patológicas, elas exprimem outros modos de vida possíveis. A normalidade e a normatividade por sua estabilidade e não variabilidade , estas sim, são formas inferiores da vida e configuram por sua vez , o patológico. Não por ausência de normas mas justamente por seu excesso e pela normatividade que repulsam a diferença e repelem a força da vida.”
G. Canguilhem ; In O Normal e o Patológico
Quem é transexual?
Em principio o transexual é uma pessoa marcada por diversas opressões referidas a sua expressão de gênero, seja em um ou vários sentidos: dos gostos, da forma, da conduta, do comportamento, de gestos e vozes, dos sentimentos e dos modos de pensar. As opressões vêm dos limites impostos por regras estéticas de expressão: você deve andar assim, caminhar assim, portar-se assim, vestir-se assado, regular o seu tom de voz.
“Sabe, gente.
É tanta coisa pra gente saber.
O que cantar, como andar, onde ir.
O que dizer, o que calar, a quem querer.
...
É tanta coisa que eu fico sem jeito.
Sou eu sozinho e esse nó no peito.
Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder.
...
Eu sei que no fundo o problema é só da gente.
E só do coração dizer não, quando a mente.
Tenta nos levar pra casa do sofrer.
...
E quando escutar um samba-canção.
Assim como: ‘Eu preciso aprender a ser só’.
Reagir e ouvir o coração responder:
‘Eu preciso aprender a só ser.’
Gilberto Gil - Eu preciso aprender a só ser

Existe todo um padrão técnico, estético enquanto produção de natureza morta, fixa, uniforme e mecânica, repetitiva e funcional. O corpo controlado por órgãos, gônadas sexuais que produzem hormônios responsáveis por determinar toda a expressão subjetiva, como o gosto por cores, brinquedos, roupas, atividades físicas, etc. É um corpo que apenas conhece a técnica enquanto norma. Daí a opressão as pessoas transexuais, simplesmente porque não se encaixam de modo convincente, sob essas regras normativas. Elas se expressam sempre indevidamente: põe as mãos nos lugares errados, têm os tons da voz também errados, ou andam e sentam como não deveriam, parecem inadequadas a expressão corporal referida às técnicas próprias de suas gônadas, que passam a se tornar, de fato em muitos casos, um desconforto.

Claro que a retirada das gônadas sexuais implica em esterilização, mas há que se considerarem vários fatores: a pessoa quer se reproduzir? Tem idade pra isso? Existe um local onde pode guardar seus gametas? Tudo isso deve ser pensado sob o ponto de vista da bioética e principalmente sob a ótica do direito a personalidade e a capacidade de autodeterminação. Ocorre, entretanto que tal ponto de vista é totalmente divergente de uma biologia mecanicista, pois pensar a autodeterminação é jogar fora a autoridade dos órgãos. É preciso, para entender a autodeterminação, pensar um corpo devir, de caráter maquínico, em relação simbólica com o mundo, em processo de transformação continua até atingir sua finalidade, neste caso, de expressão técnica. Técnica cultural de expressão de gênero.

 (Juntando) Os quatro princípios da bioética:
A bioética possui o conceito de que a vida moral se fundamenta, principalmente, em quatro princípios básicos incontestáveis, considerados obrigatórios, desde que não estejam em conflito com obrigações maiores, que são: beneficência, a não maleficência, respeito à autonomia e a justiça. A saber, estes princípios seriam o ponto de partida para orientar quaisquer discussões referidas a vida, e devem ser o melhor e mais possível respeitadas em cada caso.

(Com) O transumano:
É o humano da técnica. É o humano que existe dentro de uma cultura biotecnológica. Que exerce sobre a natureza não só formas de conhecimentos e controles, porém atividades criativas e transformadoras, capazes de gerar novos seres e realidades planetárias conectadas.

(E o que a norma entende como) A transexualidade.
É considerada patológica por pleitear utilizar técnicas cirúrgicas, principalmente de redesignação sexual, para o corpo, a partir da justificativa do sofrimento psíquico.
O caráter patológico está vinculado ao caráter da técnica cirúrgica, muito mais do que a qualquer produto fármaco-químico. Principalmente porque mudanças referidas ao modo de ver o sexo são muito mais lentas do que as mudanças atuais referidas as novas tecnologias.

(É que penso) Por uma bioética transumana para a transexualidade.
É preciso entender que realizar uma transformação corporal mediante uma técnica cirúrgica é um exercício de personalidade, de autonomia, por isso mesmo auto-determinado a partir de uma natureza comum as culturas biotecnológicas contemporâneas.

E realizar uma transformação corporal transexual é, sob este ponto de vista, mais uma, entre outras, explicitação de uma subjetividade transumana. 

domingo, 1 de maio de 2016

Cirurgia de transgenitalização.



Fiquei sabendo, num artigo de Lucimeire Santos, que o Projeto Transexualismo, desenvolvido pela Faculdade de Medicina e Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) é hoje uma das referências do País, tanto no que diz respeito ao tratamento psicológico, bem como nos processos em que é necessária intervenção cirúrgica, chamada de cirurgia de redesignação sexual (CRS).

"Idealizado em 1997, a partir de uma demanda espontânea de pacientes que buscavam o HC, o projeto ganhou o aval da direção do hospital, que organizou uma equipe composta de ginecologistas, urologista, endocrinologista, geneticista e cirurgião plástico para coordená-lo. Em 1999 já estava em funcionamento, com a primeira cirurgia tendo sido realizada em 2001. Desde então, foram feitas 16 intervenções de transgenitalização para os casos MtF ("male to female", ou seja, de masculino para feminino) e outras oito cirurgias FtM ("female to male" - de feminino para masculino).

Mariluza Silveira explica que, embora haja uma demanda de outros Estados, como Distrito Federal e Tocantins, e até de outros países - o HC já atendeu paciente da Venezuela -, o projeto consegue dar assistência a todos os interessados. Mas o processo é longo. Do inicío do tratamento à cirurgia de redesignação, são transcorridos aproximadamente três anos. Tempo em que o paciente passa pelo processo de tratamento com hormônio e, conforme estabelece a legislação brasileira, por dois anos de psicoterapia, momento em que é assistido por psicólogos e psiquiatras.

O acompanhamento é necessário para evitar dúvidas freqüentes até mesmo entre os pacientes, que, por vezes, buscam o tratamento, mas não se enquadram no perfil de transexual, casos de travestis e homossexuais. O transexualismo refere-se a pessoas cuja identidade de gênero (homem ou mulher) não corresponde ao sexo anatômico. Em outras palavras, explica a professora, é quando existe discordância entre o sexo cerebral e o anatômico'. Em suas entrevistas, Mariluza faz questão de frisar as diferenças para que não haja preconceito e confusão por parte da sociedade. No travestismo, por exemplo, o indivíduo não crê que haja uma troca de identidade de gênero, mas usa roupas do sexo oposto porque sente prazer erótico no ato. Na maioria destes casos, são homens que não desejam passar por um processo cirúrgico para retirada do pênis.  Do mesmo modo, os homossexuais também ficam fora das cirurgias de redesignação sexual porque não têm dúvidas e sofrimentos quanto ao sexo anatômico, embora se relacionem com pessoas do mesmo sexo. A professora explica que o tratamento envolve o uso de hormônios antes e após o processo cirúrgico. Para fazer parte do projeto, a pessoa precisa ter mais de 18 anos. Caso todo o processo seja concluído, o paciente será orientado a procurar assistência judiciária para promover a mudança de nome e sexo na documentação pessoal. Mariluza conta que, em Goiás, normalmente só se consegue a alteração após a realização da cirurgia, embora já tenha atendido uma paciente que conseguiu concretizar a mudança antes da intervenção. No caso de aprovação, vai depender da decisão do juiz se a designação do gênero no documento de identidade receberá um acréscimo, com a inscrição 'sexo cirúrgico'. 'Na verdade, isso não é bom, porque pode reforçar o preconceito. O paciente quer se integrar, ser igual. Se for uma moça, ela quer casar de véu e grinalda, como sonha quase todas', argumenta a professora."

No caso da cirurgia FtM


"O processo cirúrgico é mais complexo e oneroso. Por isso, a UFG não realiza a chamada faloplastia (técnica de reconstrução do pênis, através do uso de pele, geralmente transplantado da barriga, coxa ou antebraço). Nesses casos, a pele se junta a veias e nervos, que envolvem uma prótese peniana, aproveitando a estrutura do clitóris. Essas adequações farão com que o pênis fique sensível a estímulos sexuais. Entretanto, a ereção só ocorre quando a prótese é acionada. Segundo Mariluza, a referência em faloplastia no mundo é a cidade de Ghent, na Bélgica. Os custos do processo, contudo, giram em torno de 51 mil euros. Na UFG, opta-se pela realização da Metoidoplastia (ou genetoplastia). O processo consiste na liberação do clitóris, aumentado por hormônios,  com a inserção de bolas protéticas de silicone entre os grandes lábios, para a constituição de algo similar ao saco escrotal. Neste caso, o clitóris vai tomando a forma de um pequeno pênis, e responde a estímulos sexuais, sem que haja a necessidade de prótese.

Pioneirismo

O primeiro caso de cirurgia de transgenitalização no Brasil ocorreu em 1971, com a operação de Waldir Nogueira, feita pelo médico Roberto Farina. O cirurgião acabou respondendo a processo criminal no Conselho Federal de Medicina por lesões corporais. O caso que mais ganhou destaque na mídia, porém, foi o da modelo Roberta Close - transexual MtF. Roberta realizou sua cirurgia na Suíça na década de 80, iniciando um longo processo de luta na Justiça para mudança de nome e sexo nos documentos. Ela só conseguiu a alteração em 2005, tendo sofrido, segundo a professora, uma perseguição da Justiça pelo fato de ser artista e ter dado publicidade ao tema.

Só em 1997, o CFM 'liberou eticamente' os médicos para realizarem cirurgias de transgenitalização no País, por meio da resolução 1.482/97, estabelecendo que seja realizada em hospitais públicos e universitários, como forma de pesquisa.

A resolução também detalha os procedimentos que devem ser observados, tais como a exigência da psicoterapia e acompanhamento por uma equipe multiprofissional."

O Projeto Transexualismo da Faculdade de Medicina e Hospital das Clínicas da UFG, destinado a oferecer acompanhamento psicológico a pessoas portadoras de Distúrbio de Identidade de Gênero (DIG) e, quando for o caso, realizar a Cirurgia de Redesignação Sexual (CRS), tem se constituído como serviço de referência regional e nacional na rede pública de saúde, absorvendo a demanda, além de Goiás, do Distrito Federal e do Tocantins, atendendo ainda pacientes do Paraná e até de outros países, como é o caso de Venezuela. Começou a funcionar efetivamente em 1999 - o projeto já realizou, no mínimo, 22 cirurgias MtF e 7 FtM.

De acordo com a coordenadora do projeto, professora Mariluza Terra Silveira, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina, existe atualmente uma fila de espera de pacientes candidatos à CRS, motivada não necessariamente pela alta demanda e sim pela exigência de pelo menos dois anos de psicoterapia, quando são submetidos a severo acompanhamento da equipe de psicólogo e psiquiatras, para depois serem assistidos por equipe multiprofissional com médicos ginecologistas, urologista, endocrinologista, geneticista e cirurgião plástico.

SERVIÇOS - SERVIÇOS - SERVIÇOS - SERVIÇOS - SERVIÇOS - SERVIÇOS - SERVIÇOS

  • (MG) Advocacia: Adriana Valle Rua Cuiabá 487 – Prado - Belo Horizonte - MG (31) 3337-2189 adrianaalvesdovalle@gmail.com facebook.com/adriana.alvesdovalle Cirurgia Plástica: Dra. Gelta Cherem Av. Afonso Pena, 2436 - 301 – Funcionários (31) 2105-6301 Endocrinologia: Dra Beatriz Santana Soares (Também atende transexuais no sus, Hospital da Baleia) R. Erê, 23 - Prado Belo Horizonte - MG (31) 3337-4926 Psicologia: Dra. Dalcira Ferrão (31) 9383-0202 (Tim) / (31) 8754-1133 (Oi) dalcira_psicologa@yahoo.com.br Psicologia: Dra. Andrea Regina Marques Reis (31) 9436-0341 https://www.facebook.com/profile.php?id=100000628597470 Psiquiatria: Dr. Ricardo Luiz Narciso Moebus Rua Domingos Vieira, 343, sala 1406, Santa Efigênia (31) 9949-6571 ricardo.morbus@gmail.com - 
  • Juiz de Fora (MG) Psicologia: Dra. Maria Cristina Brandão – Clínica Self (32) 3115-9893
  • Belém (PA) Psicologia: Dra. Ana Lúcia S.da Silva (91) 8165-6145 alsadas@hotmail.com
  • Brasília (DF) Cirurgia Plástica: Dr. Erick Carpaneda SHIS QI 9 Conjunto E Bloco 1 Salas 4, 5 e 6 Térreo - Centro Clínico do Lago / Lago Sul (61) 3364-3301 / (61) 3344-0044 facebook.com/erick.carpaneda Endocrinologia: Dr.Hudson Araújo - Asa sul (61) 3254-5054 / 3263-5054 - Não atende plano de saúde. Endocrinologia: Dr.Marçal Carvalho - Asa norte (61) 3244-0773 Atende alguns planos de saúde. Endocrinologia: Dr.André Mascarenhas - Asa norte (61) 3325-4300 / 3325-4313 Não sei se atende ou não.
  • (SP) Campinas. Psicologia: Dra. Maria Angélica Fonseca Soares (19) 99783-4783 / (19) 3269-9980 Psicologia: Dra. Bárbara Dalcanale Meneses (19) 3242-7744 / 0800 7718765 bdmeneses@hotmail.com
  • Curitiba (PR) Cirurgia Plástica: Dr. Alexandre Wood Branco (41) 3015-7135 | www.awbranco.com.br T invertido Cirurgia Plástica: Dr. Pablo Huber Av. Silva Jardim, 3888, Seminário (41) 3095-2791- http://www.pablohuber.com.br/ Cirurgia Plástica: Dr. Afrânio Bernardes Rua Padre Anchieta 2454 CONJ 206 (41) 3335 0040. Endocrinologia: Dra. Adriane Maria Rodrigues (41) 3524-6461 Endocrinologia: Dr Rogério Schwabe Rua Marechal Deodoro - 51 - Galeria Ritz - 12 andar, conj 1205 (41) 3225-2159 Psicologia: Dr. José Antônio Garcia (41) 3256-3871 Psicologia: Dra. Maria Cristina Antunes (41) 8805-6533 Rua Padre Anchieta, nº 1691 cj.1910. Psicologia: Dra. Karlesy Stamm (CRP 08/16133) karlesy@gmail.com | (41) 9644-8019 R. São Pio X, 280. Grupo de Vivências: Drª. Karlesy Stamm e Drª. Marilda Costa
  •  Joinville (SC) Cirurgia plástica: Dr. Iberê Pires Condeixa Rua Henrique Meyer, 216, Centro. (47) 3433-5728
  • Florianópolis (SC) Cirurgia plástica: Dr. Gabriel Amoretti Gonçalves (48) 3039-9633 gabrielamoretti@ibest.com.br / Endocrinologia: Dr. Alexandre Hohl Avenida Rio Branco, 404, sala 704, torre 1, Centro (48) 3024-6848 Endocrinologia: Dr. Guilherme A. Alencar (Clínica Sbissa) Av. Mauro Ramos, 1494 (Esquina c/ Rua Angelo Laporta) - Centro (48) 3222-7518 / (48) 3028-7333 Ginecologia: Dr. Marcos Antonio Vanin Av. Madre Benvenuta, 146 - Trindade (48) 3234-1654 / (48) 3234-1256
  • Londrina (PR) Cirurgia plástica: Dr. Romualdo Fróes Rua Senador Souza Naves, 1035 / Sala 2 (43) 3323-3033
  • Dourados (MS) Advocacia: Rosely Stefanes (67) 8118-9654 roselystefanes@gmail.com
  • Campo Grande (MS) Advocacia: Luiza Faccin Rua da Paz, 1212, Jardim dos Estados, Campo Grande, MS. (67) 3320-1000 luizafaccin@hotmail.com / luiza@cmadv.com.br Cirurgia Plástica: Dr Alcebiades Durê (67) 30254933 Endocrinologia: Dr. Renata Boschi Portella Av. Bandeirantes, 3550 - Guanandi – Campo Grande - MS (67) 3381-4040 / (67) 3381-5050 Psiquiatria: Dr. Adriano Bernardi do Prado Rua da Paz, 303. Campo Grande – MS (67) 3201-8118
  • Juazeiro do Norte (CE) Endocrinologia e Clinica medica: Dr. Walter Carvalho Rua Padre Cicero, 523 - Juazeiro do Norte- CE (88) 3512-7018 walterpcf@oi.com.br
  • Natal (RN) Endocrinologia: Dr. Tulio Fernandes de o. Filho Av. Prudente de Morais, 2842 (Lagoa Seca) (84) 3223-2984
  • Porto Alegre (RS) Cirurgia Plástica: Dr. Terrazas Clínica D’Terrazas – Rua Schiller, 28 – Porto Alegre (51) 3328-0288 clinicaterrazas@clinicaterrazas.com.br http://www.clinicaterrazas.com.br/ https://www.facebook.com/pages/Cl%C3%ADnica-DTerrazas/202200224856 Cirurgia Plástica: Dr. Cleiton Alam Av. Nilo Peçanha 2825 - Iguatemi Corporate - cj 805 (51) 3026.0665 / 3378.7722 https://www.facebook.com/Dr.CleitonAlan http://cleitonalam.com.br/ Psiquiatria: Dr. Carlos Alberto Martins de Castro Rua Zaloni, 160, sala 608 (53) 3232-7312
  • Recife (PE) Psicologia: Dra. Laudeni Souza (81) 3421-4933 / (81) 9962-0441 Psicologia: Dra. Andrea Graupen Rua Comendador Bernardino Costa, 117, Casa Forte (81) 3266-3044 / (81) 9659-6131 / Psicologia: Dr. Tiago Correia Rua Ferreira Lopes, 484, Parnamirim (81) 9242-7670 Endocrinologia: Dra. Viviane Canadas Mota (81) 3325-9998
  • Ribeirão Preto (SP) Cirurgia Plástica: Dr. Endrigo Piva Pontelli | Não exige laudo | Av. Costabilie Romano, 1301 – Ribeirânia Cirurgia Plástica: Dr. João Cantarelli Filho (Hospital Infante D. Henrique) Rua Luiz V de Camões, 3150 – Redentora (17) 2139-1800 Endocrinologia: Dr. Marcelo José de Grandi Maciel Rua Doutor Antonio Bahia Monteiro, 465 – Parque Residencial Comendador Mancor Daud
  • Rio de Janeiro (RJ) Cardiologia / Risco Cirúrgico: Dr. Alberto C. G. Tourinho Neto Largo do Machado 29 sala 707 (21) 2205-2194 / 2205-4889 Cirurgia plástica: Dr. Alexandre Charão Rua das Laranjeiras, 154 LjB - Largo do Machado / Laranjeiras (21) 2135-8174 www.guiadacirurgiaplastica.com.br Cirurgia plástica: Dr. Altamiro da Rocha (21) 2553-2545 http://www.altamiro.com.br/ Endocrinologia: Dr. Eduardo Flores Rua Dias da Cruz, 127 salas 404 e 405 - Méier (21) 2289-7446 / (21) 99548-6622 flores.eduardo@globo.com Endocrinologia: Drª. Esther Young Av. Ns. de Copacabana, 1018 – 309 – Copacabana (21) 2287-1922 . Endocrinologia: Dr. Guilherme Almeida (21) 98186-8189 Endocrinologia: Dra. Katia Oliveira Rua Dias da Cruz, 215 sala 603 – Méier (21) 2542-5967 / 2592-5967 Ginecologia e Mastologia: Dr. Sérgio Medrado Rua Primeiro de Março, 23/1104 - Centro (21) 2242-3312 / (21) 2252-8879 Ginecologia: Drª. Helena Malzac Franco Rua Dois de Dezembro, 78 sala 213 Flamengo RJ (21) 2205-2076 Nutricionista: Priscila Antunes CRN: 06100421 Tels: 2580-4825 (São Cristóvão) (21) 2577-2119 (Vila Isabel) priscilanutri@hotmail.com Psicologia: Marcos Gil Monteiro (21) 99231-1812 marcosgilpsicologo@gmail.com http://www.marcosgilpsicologo.com.br/ Psicologia: Priscila Feitosa Psicologa (Terapia Lacaniana) Endereco: Rua General Roca, 935/401, Tijuca (21) 9305-9934 Psicologia: Dr. Jan Robba (21) 99695-5262 Psicologia: Clínica Social de Psicanálise Rua Miguel Lemos, 44, sala 204, Copacabana (21) 2543-6064 contato@iecomplex.com.br www.iecomplex.com.br / Psicologia: Marcelo Marques Sena Rua Soares Caldeira 142, sala 1303, Madureira. (21) 98866-2237 Psicologia Diária: Dario Adolfo Cordova Atende em Copacabana e Caxias (21) 99789-8155 Psiquiatria: Dr. Bruno Palazzo Nazar Rua Visconde de Pirajá 547 - Sala 610 – Ipanema (21) 3647-3649 Personal Trainer: Danillo Callado - Preparação Fisica Personalizada CREF: 030850-G/RJ (21) 97946-9666 (TIM) profmarianacallado@gmail.com (Atende também em domicilio)
  • Nilópolis (RJ) Psicologia: Dra. Vilma S. P. Silva (21) 3783-1823 / (21) 98515-0391 vilma_spc@hotmail.com
  • Niterói (RJ) Cirurgia plástica: Dr. Leonardo Castro Rua Otávio Carneiro, 143, cobertura 1302. Icaraí - Niterói (21) 2611-6642 leonardo@leonardocastro.com www.leonardocastro.com Endocrinologia: Dra. Heloísa Soares Pinhão Estrada Franscisco da Cruz Nunes, 6501 - Sala 314 (21) 2608-2485 Psicologia: Pamela Lelis Avenida Ernani Amaral Peixoto, 71, Centro - Niterói (21) 98130-5825
  • Petrópolis - (RJ) Endocrinologia: Dr. André Bezerra (24) 2231-3771 Ginecologia: Dr. Hisao Kobayashi (24) 2231-5687 Psicologia: Dra. Maria Célia Machado (24) 2242-4977 Psiquiatria: Dra. Celeste Rocha (24) 9968-4626 Psicologia: Dra. Mary Oliveira (51) 9808-7904
  •  Itaguaí (RJ) Personal Trainer: Ana Berbert (21) 99585-6665 / (21) 99360-9422
  • Salvador (BA) Endocrinologia: Dr. Luiz Carlos (71) 3452-5181
  • Santos (SP) Psicologia: Dra. Marcia Atik http://www.marciaatik.com.br/ https://www.facebook.com/profile.php?id=100000356071510
  • São Paulo (SP) Advocacia: Tereza Rodrigues Vieira (11) 3081-5054 / Cel.(11) 99995-4364 terezavieira@uol.com.br http://terezarodriguesvieira.blogspot.com.br/

Sou Trans, sou possível e sou contemporâneo.




Os homens e mulheres trans, como os alimentos transgênicos, nascem nos laboratórios, nas misteriosas combinações genéticas do DNA, nos hormônios sintetizados e na criação de próteses cada vez mais perfeitas e funcionais. Os trans são possíveis no mundo novo graças as novas tecnologias, no mais alto escalão da técnica e da ciência médica contemporânea. São provas vivas de que na complexidade da civilização as idiossincrasias, ou seja, as individualidades e individualizações dos múltiplos modos de ser atingiram o ápice de uma cultura que é capaz sim, que pode sim, dominar a transmutar a natureza, objetivando atender nossa espécie (homo sapiens) em seu objetivo mais legítimo: atingir a conquista da felicidade!