segunda-feira, 16 de maio de 2016

Post do Facebook.

Um amigo chamado Josenildo Segundo postou esse texto no nosso grupo do Facebook.
Achei tão informativo que trouxe pra cá.

Respondendo a perguntas,
A progesterona é um hormônio característica do sexo cis-feminino e está diretamente relacionado com desenvolvimento da mulher, além de traçar suas características 'físicas' ou feições femininas, todxs nós nascemos com esses receptores para estas substâncias, contudo eu não produzo características femininas por não produzir o a progesterona, mas a partir do momento que eu fazer uma administração exógena me torno mulher, da mesma forma que a mulher nasce com os receptores da testosterona, porém como não a produz, não a torna homem.
Na problemática da Transexualidade é importante banir a ação desses estrogênios. Uma forma de 'domesticar' as características femininas seria impor uma terapia de reposição hormonal masculina, outra forma é inibir a ação dos hormônios femininos, inibindo-o diretamente, inibindo o seu receptor ou inibdindo a região do cérebro que estimula sua síntese (como a pituitária que produz o hormônio folículo estimulante), dessa forma há a regressão do aparecimento das características femininas.
Os estrogênios (estradiol, estrona, estriol) são dos hormônios mais importantes para as mulheres cis e trans, responsável pelo desenvolvimento, maturação, período fértil, até sua menopausa quando perde a sua capacidade de produção, mas até aí todas as características essenciais já foram determinadas e estabelecidas, porém vale salientar que os estrogênios também assume papel importante por exemplo com função cardioprotetora, é tanto que o risco de problemas cardíacos é maior após a menopausa, por isso é imprescindível o acompanhamento de um profissional qualificado.
O anastrazol é um fármaco que é um inibidor mais seletivo para o tipo estradiol, sua principal indicação e oficialmente reconhecida é para câncer de mama, após terem percebido que a diminuição dos níveis circulantes (sanguíneos) do estradiol é benéfico na redução dos câncros.
Uma outra forma de utilização é na medicina transgênera pelo fato do estradiol estar diretamente relacionado com o desenvolvimento do corpo feminino, dessa forma sua inibição faz com que retarde o aparecimento dos sinais do sexo "frágil". O Anastrazol surge como uma alternativa a bloquear o aparecimento da puberdade em adolescentes trans ao inibir as mudanças irreversíveis indesejáveis das características sexuais secundárias, sua utilização para este fim ainda está em pesquisa e desenvolvimento, mas alguns resultados já foram comprovados. É utilizado principalmente por adolescentes (16 a 22 anos), e cada vez mais cedo (< 11 anos de idade com aval da família), porém deve ser adicionado terapia hormonal masculina (testosterona) pois ela não é testoterogênica afim de induzir características sexuais consistentes com sua identidade de gênero. E caso a pessoa não se sentir a vontade com a mudança e decidir assumir novamente o gênero biológico, é indicado a parada do tratamento, pois seus efeitos podem ser reversíveis enquanto não houver mudanças muito drásticas.
O incoveniente deste tratamento é que está disponível a um custo muito alto e na maioria das vezes não fornecidas pelo SUS e é um medicamento que se deve levar em conta o risco e o benefício, pois possui riscos principalmente cardiovasculares, hepáticos e na matriz óssea. Ainda carece de aprofundamento em seu entendimento pleno, e sempre orientação de um profissional de saúde qualificado.
Indicação de leitura (em inglês): Endocrine Treatment of Transsexual Persons: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline - See more at:http://press.endocrine.org/doi/full/10.1210/jc.2009-0345… orhttp://press.endocrine.org/doi/full/10.1210/jc.2009-0345.

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